ATIVIDADE 1
Segundo Prodanov (2013), etimologicamente, o termo ciência tem origem do
verbo em latim Scire, que significa
aprender, conhecer. Contudo, essa definição não é suficiente para diferenciar
ciência de outras atividades também envolvidas com o aprendizado e
conhecimento. O referido autor cita
Trujillo Ferrari (1974) que diz que ciência é todo um conjunto de atitudes e de
atividades racionais, dirigida ao sistemático conhecimento com objetivo
limitado, capaz de ser submetido à verificação; além deste, cita Lakatos e
Marconi (2007 p. 80) que acrescentam que, ciência é um "conjunto de
proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos
fenômenos que se deseja estudar".
Através da ciência, surge o conhecimento científico que pode ou não provir do conhecimento popular. O
conhecimento científico tem como base o questionamento com consistência lógica
e capaz de convencer. Para ter validade, segundo Demo (2000) citado por
Prodanov (2013), seu discurso precisa ser lógico, sistemático, coerente, o
objeto de estudo deve ser bem definido e de natureza empírica, objetivo,
discutível, com observação controlada de fenômenos, original, consistente, de
relevância social, ético, intersubjetivo, com linguagem precisa e, sobretudo,
bem argumentado. Além disso, é necessário analisar as particularidades do
objeto ou fenômeno em estudo. Exemplos disso são os estudos sobre células
tronco, dados obtidos pelo IDEB, importância do uso da psicogênese ao realizar
o diagnóstico da leitura e escrita das crianças em fase de alfabetização
Já o conhecimento popular, segundo Trujilo Ferrari (1974) citado por
Prodanov (2013), é dado pela familiaridade que temos com alguma coisa, sendo
resultado de experiências pessoais ou suposições, ou seja, é uma informação que
não foi suficientemente refletida para ser reduzida a um modelo ou uma fórmula
geral,dificultando, assim, sua transmissão de uma pessoa a outra, de forma
fácil e compreensível. Além disso, cita Lakatos e Marconi (2007, pl 77) ao
dizer que o mesmo é superficial, sensitivo, subjetivo, assistemático, acrítico,
valorativo e inexato. Exemplo disso é quando dizem que turmas com mais crianças
do sexto masculino são mais difíceis, que comer certos alimentos misturados com
leite provocam mau digestão e que crianças mais quietas são as mais
inteligentes.
O que distingue o conhecimento científico do popular é a forma, o modo
ou o método e os instrumentos do "conhecer"; O primeiro tem toda uma
fundamentação e metodologias a serem seguidas, além de se basear em informações
classificadas, submetidas à verificação, que oferecem explicações plausíveis a
respeito do objeto ou evento em questão. Já o conhecimento popular é muito
influenciado pela sensibilidade, estados de ânimos e emoções da vida diária,
além de não haver uma sistematização das ideias, nem tentativa de validação.
Como professora regente que sou, no meu cotidiano o que prevalece é o
conhecimento científico, pois utilizo o currículo como parâmetro principal para
meu planejamento de acordo com o ano que
eu esteja trabalhando de maneira planejada (contudo flexível), mas sem
"achismos". Tudo que faço procuro fundamentar e validar estando ou
não com os alunos.
Além disso, busco informações reais que assegurem que aquele novo
conhecimento terá validade social na vida das crianças; que analise o fenômeno
observado, descobrindo suas relações com outros fatos, conhecendo a realidade
além das aparências e oferecendo um processo de acumulação seletiva, onde novos
conhecimentos substituem outros antigos (no caso da análise da escrita
ortográfica); busco realizar experimentos para assegurar a veracidade dos fatos
observados; trabalho com ideias verificáveis ou demonstráveis e que sejam
falíveis e aproximadamente exatas
Referências bibliográficas
PRODANOV, Cleber
Cristiano.
Método científico. IN Metodologia
do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do
trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. p. 14 à 24
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