domingo, 20 de outubro de 2013

Metodologia do Trabalho Científico

 ATIVIDADE 1 

Segundo Prodanov (2013), etimologicamente, o termo ciência tem origem do verbo em latim Scire, que significa aprender, conhecer. Contudo, essa definição não é suficiente para diferenciar ciência de outras atividades também envolvidas com o aprendizado e conhecimento.  O referido autor cita Trujillo Ferrari (1974) que diz que ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades racionais, dirigida ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação; além deste, cita Lakatos e Marconi (2007 p. 80) que acrescentam que, ciência é um "conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar".
Através da ciência, surge o conhecimento científico que pode ou  não provir do conhecimento popular. O conhecimento científico tem como base o questionamento com consistência lógica e capaz de convencer. Para ter validade, segundo Demo (2000) citado por Prodanov (2013), seu discurso precisa ser lógico, sistemático, coerente, o objeto de estudo deve ser bem definido e de natureza empírica, objetivo, discutível, com observação controlada de fenômenos, original, consistente, de relevância social, ético, intersubjetivo, com linguagem precisa e, sobretudo, bem argumentado. Além disso, é necessário analisar as particularidades do objeto ou fenômeno em estudo. Exemplos disso são os estudos sobre células tronco, dados obtidos pelo IDEB, importância do uso da psicogênese ao realizar o diagnóstico da leitura e escrita das crianças em fase de alfabetização
Já o conhecimento popular, segundo Trujilo Ferrari (1974) citado por Prodanov (2013), é dado pela familiaridade que temos com alguma coisa, sendo resultado de experiências pessoais ou suposições, ou seja, é uma informação que não foi suficientemente refletida para ser reduzida a um modelo ou uma fórmula geral,dificultando, assim, sua transmissão de uma pessoa a outra, de forma fácil e compreensível. Além disso, cita Lakatos e Marconi (2007, pl 77) ao dizer que o mesmo é superficial, sensitivo, subjetivo, assistemático, acrítico, valorativo e inexato. Exemplo disso é quando dizem que turmas com mais crianças do sexto masculino são mais difíceis, que comer certos alimentos misturados com leite provocam mau digestão e que crianças mais quietas são as mais inteligentes.
O que distingue o conhecimento científico do popular é a forma, o modo ou o método e os instrumentos do "conhecer"; O primeiro tem toda uma fundamentação e metodologias a serem seguidas, além de se basear em informações classificadas, submetidas à verificação, que oferecem explicações plausíveis a respeito do objeto ou evento em questão. Já o conhecimento popular é muito influenciado pela sensibilidade, estados de ânimos e emoções da vida diária, além de não haver uma sistematização das ideias, nem tentativa de validação.
Como professora regente que sou, no meu cotidiano o que prevalece é o conhecimento científico, pois utilizo o currículo como parâmetro principal para meu planejamento de acordo com  o ano que eu esteja trabalhando de maneira planejada (contudo flexível), mas sem "achismos". Tudo que faço procuro fundamentar e validar estando ou não com os alunos.
Além disso, busco informações reais que assegurem que aquele novo conhecimento terá validade social na vida das crianças; que analise o fenômeno observado, descobrindo suas relações com outros fatos, conhecendo a realidade além das aparências e oferecendo um processo de acumulação seletiva, onde novos conhecimentos substituem outros antigos (no caso da análise da escrita ortográfica); busco realizar experimentos para assegurar a veracidade dos fatos observados; trabalho com ideias verificáveis ou demonstráveis e que sejam falíveis e aproximadamente exatas

Referências bibliográficas
PRODANOV, Cleber Cristiano.  Método científico. IN Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. p. 14 à 24


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