domingo, 20 de outubro de 2013

Metodologia do Trabalho Científico

 ATIVIDADE 1 

Segundo Prodanov (2013), etimologicamente, o termo ciência tem origem do verbo em latim Scire, que significa aprender, conhecer. Contudo, essa definição não é suficiente para diferenciar ciência de outras atividades também envolvidas com o aprendizado e conhecimento.  O referido autor cita Trujillo Ferrari (1974) que diz que ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades racionais, dirigida ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação; além deste, cita Lakatos e Marconi (2007 p. 80) que acrescentam que, ciência é um "conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar".
Através da ciência, surge o conhecimento científico que pode ou  não provir do conhecimento popular. O conhecimento científico tem como base o questionamento com consistência lógica e capaz de convencer. Para ter validade, segundo Demo (2000) citado por Prodanov (2013), seu discurso precisa ser lógico, sistemático, coerente, o objeto de estudo deve ser bem definido e de natureza empírica, objetivo, discutível, com observação controlada de fenômenos, original, consistente, de relevância social, ético, intersubjetivo, com linguagem precisa e, sobretudo, bem argumentado. Além disso, é necessário analisar as particularidades do objeto ou fenômeno em estudo. Exemplos disso são os estudos sobre células tronco, dados obtidos pelo IDEB, importância do uso da psicogênese ao realizar o diagnóstico da leitura e escrita das crianças em fase de alfabetização
Já o conhecimento popular, segundo Trujilo Ferrari (1974) citado por Prodanov (2013), é dado pela familiaridade que temos com alguma coisa, sendo resultado de experiências pessoais ou suposições, ou seja, é uma informação que não foi suficientemente refletida para ser reduzida a um modelo ou uma fórmula geral,dificultando, assim, sua transmissão de uma pessoa a outra, de forma fácil e compreensível. Além disso, cita Lakatos e Marconi (2007, pl 77) ao dizer que o mesmo é superficial, sensitivo, subjetivo, assistemático, acrítico, valorativo e inexato. Exemplo disso é quando dizem que turmas com mais crianças do sexto masculino são mais difíceis, que comer certos alimentos misturados com leite provocam mau digestão e que crianças mais quietas são as mais inteligentes.
O que distingue o conhecimento científico do popular é a forma, o modo ou o método e os instrumentos do "conhecer"; O primeiro tem toda uma fundamentação e metodologias a serem seguidas, além de se basear em informações classificadas, submetidas à verificação, que oferecem explicações plausíveis a respeito do objeto ou evento em questão. Já o conhecimento popular é muito influenciado pela sensibilidade, estados de ânimos e emoções da vida diária, além de não haver uma sistematização das ideias, nem tentativa de validação.
Como professora regente que sou, no meu cotidiano o que prevalece é o conhecimento científico, pois utilizo o currículo como parâmetro principal para meu planejamento de acordo com  o ano que eu esteja trabalhando de maneira planejada (contudo flexível), mas sem "achismos". Tudo que faço procuro fundamentar e validar estando ou não com os alunos.
Além disso, busco informações reais que assegurem que aquele novo conhecimento terá validade social na vida das crianças; que analise o fenômeno observado, descobrindo suas relações com outros fatos, conhecendo a realidade além das aparências e oferecendo um processo de acumulação seletiva, onde novos conhecimentos substituem outros antigos (no caso da análise da escrita ortográfica); busco realizar experimentos para assegurar a veracidade dos fatos observados; trabalho com ideias verificáveis ou demonstráveis e que sejam falíveis e aproximadamente exatas

Referências bibliográficas
PRODANOV, Cleber Cristiano.  Método científico. IN Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. p. 14 à 24


domingo, 6 de outubro de 2013

Planejamento e Práticas de Gestão Escolar

ATIVIDADE 1
Como acontece o processo de planejamento na sua escola?

Primeiramente gostaria de salientar que ainda não sou gestora, sou professora regente na escola que atuo.
Dentro da instituição em que estou lotada, quem participa do processo de planejamento é, na maior parte do tempo, o corpo docente e demais funcionários. Em momentos específicos, planejados pelos gestores, são realizadas reuniões envolvendo toda a comunidade escolar, com representantes de todos os segmentos, convidados por meio de convite escrito, em todas as turmas. O nível de planejamento, durante esses encontros, é o planejamento da escola. E em momentos específicos, durante os momentos de formação entre docentes, é o planejamento curricular, que tem como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais, destrinchadas no Currículo da secretaria de estado de educação do DF (Currículo em Movimento - anos iniciais).
Nesse momentos de troca, sempre é apresentada a meta da escola, pontos alcançados e a serem melhorados. Pede-se sugestões da comunidade (em especial a dos pais), para que a escola continue tendo destaque dentro da coordenação regional de ensino no que se diz respeito aos anos iniciais (escola classe).
Um dos instrumentos utilizados para verificar o nível de satisfação da comunidade escolar, bem como itens a serem reavaliados é por  meio de pesquisa escrita enviada pelos alunos às famílias. Após entrega, são mensurados os dados e colocados em forma de gráfico que é apresentado nas reuniões de revisão do projeto político pedagógico(realizado, neste ano de 2013, em média bimestralmente)
Analisando o contexto escolar, verificou-se que as principais linhas que subsidiam o planejamento é o administrativo, que tem como meta a qualidade total, o estratégico e o participativo (VASCONCELOS, 2006 p. 27 e 28), sendo estes relacionados entre si. 
A concepção em que a I.E. está inserida  é a de um planejamento participativo, onde tem-se como objetivo a construção, a participação, o diálogo do poder coletivo local, a formação da consciência crítica a partir da reflexão sobre a prática de mudança.
O supracitado é  claramente observado no  PPP da I.E. quando diz:
"(...) a escola possibilitará aos educandos a contribuição com sua participação  em atividades pedagógicas que despertem seu interesse e motivação em se sentir parte importante dessa “engrenagem” chamada escola."(PPP E.C.102- Recanto das Emas)

Além desse, em outro trecho do mesmo PPP:
"(...) todos os segmentos da comunidade escolar devem estar envolvidos de maneira consciente e afetiva, na busca de uma escola de qualidade que vise aperfeiçoar suas ações e tomar decisões em coletividade, para que se torne um espaço prazeroso para todos, sendo construída uma cidadania solidária, numa perspectiva de obter um ensino significativo aos educandos com práticas pedagógicas e administrativas democráticas; voltadas para as necessidades e realidade da comunidade em que a instituição está inserida."(PPP E.C. 102)

Desse modo, no planejamento participativo em que a I.E. está inserida, as práticas do professor e da escola não são vistas como isoladas em relação ao contexto social em que está inserida. O planejamento é visto como instrumento de intervenção real e ultrapassa os muros das salas de aula e anos escolares.
Entretanto, como nem tudo são flores, nota-se pontos a serem reavaliados e replanejados como o real papel do coordenador pedagógico como uma "ponte" entre o gestor e os professores.
Muitas vezes o que se vê é que o coordenador é desviado de suas funções pedagógicas e como promotor da dialética entre o professores, para funções puramente de decorador do espaço pedagógico. Isso dificulta o planejamento entre os pares que não se encontram no mesmo turno de trabalho (coloco minha pessoa como exemplo) e uma certa unidade no planejamento, de forma a possibilitar o acesso a todos os educandos ao núcleo comum do currículo.
Fora isso, atualmente, muito do que foi planejado durante o ano de 2012 está sendo concretizado na prática (mesmo que em um velocidade abaixo do esperado por razões burocráticas governamentais), mas nota-se o esforço dos gestores para promover momentos de reflexão/avaliação sobre o trabalho docente e de reflexão sobre o pontos a serem reformulados no PPP.
Atualmente o nosso PPP ainda não foi oficialmente redigitado, mas todo o grupo teve um excelente participação em sua reformulação para o ano de 2013, sendo que o mesmo foi apresentado a coordenação regional de ensino durante o mês de maio. Tem como objetivo, (PINTO apud VASCONCELOS, 2006), "a transformação das relações de poder , autoritária e verticais, em relações igualitárias e horizontais, de caráter dialógico e democrático", além de antecipar uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto ou ainda da necessidade de se mudar algo (mudança da realidade).
Concluindo, na I.E. em que estou inserida, o trabalho da maioria dos  docentes em sua sala de aula não está desassociado dos objetivos construídos durante as reflexões pedagógicas coletivas e registrados em atas e no PPP. Quanto nos reunimos coletivamente, temos como ponto de partida a pergunta básica descrita por Vasconcelos "há algo errado em nossa prática que precisa ser modificado, transformado ou aperfeiçoado?"
Sempre temos algo a ser revisto e modificado objetivando melhoria. Porém existem aqueles que não se colocam como sujeitos do processo educativo e acham que devem transmitir o conhecimento acumulado aos alunos sem reflexão e que usam a escola como fonte de dominação descontextualizada do todo. É preciso:
querer
                       Fazer, onde querer é relativo às necessidades, ao desejo; o poder
 poder
tem uma base objetiva dependendo das condições para a ação, os recursos e uma base subjetiva que é o saber; e o fazer que é a concretização dos dois anteriores.

Referências bibliográficas
OLIVEIRA, João Ferreira de. A construção coletiva do projeto político-pedagógico (ppp) da escola . Disponível em: http://escoladegestores.mec.gov.br/site/8-biblioteca/pdf/texto2_joao.pdf
Projeto Político Pedagógica da E.C. 102 do Recanto das Emas (2012). Disponível em: http://intereducacao2.blogspot.com.br/p/ppp-da-ec-102.html


ATIVIDADE 2

Identificação institucional:
Escola Classe 102 do Recanto das Emas
Endereço: Qr. 102 conjunto 3A lote 01 - Recanto das Emas - DF
Telefone: 6139013351
Data de criação da escola: 07/10/1997- Processo 082017473/93
Turno de funcionamento: Diurno
Nível de ensino ofertado -  Educação básica -Ensino Fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano)

Referencial teórico

Com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação  Nacional - LDB 9394/96, que destaca a necessidade da escola  manter um padrão de qualidade do processo de ensino-aprendizagem, faz-se necessário que a instituição escolar desenvolva e acompanhe ações que contribuam com a formação plena dos envolvidos, tanto professores, alunos, pais como demais funcionários. Além disso, a escola deve ser um ambiente agradável de modo a propiciar aos envolvidos o desenvolvimento de competências e habilidades num processo em que os pilares da educação (aprender a conhecer, a fazer, a ser e a viver em comunidade) estejam presentes na práxis pedagógica.
Dessa forma,  a avaliação institucional, segundo Belloni (2003), deve ser  um processo sistemático de análise que permita compreender, de forma contextualizada, todas as suas dimensões e implicações, com vistas a estimular seu aperfeiçoamento e melhoria, levando o autoconhecimento e tomada de decisão de maneira a aperfeiçoar a instituição e o sistema em seu funcionamento e seus resultados interferindo, assim,  no funcionamento presente e futuro.
A referente proposta não visa punição nem premiação e sim a melhoria da instituição como um todo, visando o aumento da qualidade do ensino e bem estar de todos os envolvidos.Tem como meta, construir um procedimento avaliativo que aponte pistas para intervenção e a mudança, compreendendo melhor como funcionam os projetos e subprojetos escolares (pontos positivos e a serem melhorados) superando o medo de construir novos parâmetros e instrumentos e de reestruturar os existentes.

Justificativa

A avaliação institucional deve servir tanto para a construção do projeto político pedagógico da instituição, como para fazer uma avaliação (perfil) da mesma na atualidade.
Segundo Belloni (2003), através de uma avaliação bem estruturada, pode-se identificar e apontar alguns caminhos para o processo de transformação.
Tem por objetivo o caráter formativo e que proporcione uma fiel conscientização da instituição sobre si mesma. Ela colabora para o processo de aprendizagem e desenvolvimento educativo da escola, auxiliando a instituição a se desenvolver em seu projeto acadêmico. 
Ela deve levar o autoconhecimento (consciência de suas fraquezas e suas fortalezas) a desempenhar melhor suas funções de lócus de aprendizagem e de produção e disseminação de conhecimento, proporcionar as condições para que as aprendizagens ocorram.

Objetivos

·                 Levar ao conhecimento da comunidade escolar, do projeto político pedagógico da instituição após consolidação dos dados realizado no primeiro semestre de 2013, comparando com o projeto anterior de 2012.
·                 Apresentar os projetos e subprojetos desenvolvidos na instituição escolar;
·                 Proporcionar à comunidade escolar o debate dos pontos positivos e a serem melhorados nos subprojetos desenvolvidos na escola de maneira a proporcionar melhoria no processo de ensino e aprendizagem dos educandos em âmbito institucional local, validando ou não sua permanência no PPP para o próximo ano.
·                 Mobilizar a participação mais ativa da comunidade escolar em atividades escolares envolvendo diretamente os educandos em horário escolar;
  
Metodologia com descrição dos instrumentos a serem utilizados.

Através da concepção de avaliação transformadora ou formativa e que é orientada por uma lógica de mudança que vise à construção da qualidade e da excelência não excludentes, mediante a identificação dos acertos e das dificuldades com a finalidade de uma educação comprometida com o desenvolvimento social (BELLONI,2003 p. 4), pretende-se aplicar questionários, realizar debates envolvendo representantes de todos os segmentos escolares e familiares dos alunos envolvidos para analisar os subprojetos desenvolvidos na instituição.
Nesta perspectiva, segundo a autora supracitada, o processo avaliativo deve ser baseado em critérios que devem combinar mérito e qualidade da atividade pedagógica, com relevância e efetividade social, que se traduzem em sucesso escolar(desempenho dos alunos), cidadãos conscientes e profissionais competentes, sintonizados com o avanço das fronteiras do saber e com a sociedade.

Critérios básicos de avaliação
·                    Através da mensuração dos dados obtidos nos questionários e entrevistas realizados junto aos alunos, enviados através dos alunos às famílias( e familiares que deixam seus filhos na escola em ambos os turnos) e junto aos funcionários da instituição;
·                     Com reuniões envolvendo representantes convidados de toso os segmentos escolares, para sugestões, registro em ata e assinatura dos presentes para validação legal em reunião junto ao Conselho Escolar.




sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O papel do gestor, tendo como base minha realidade

O  papel do gestor, tendo como base minha realidade

por Adriana de Oliveira

Após a leitura do texto Democratização e mudanças práticas na gestão escolar, de Arilene Maria Soares de Medeiros, atualmente vejo que em minha realidade, a postura profissional do gestor condiz com a gestão democrática, pois há uma mobilização por parte do mesmo de aliar a teoria a prática quanto a participação da comunidade escolar na tomada de decisões dentro da escola para melhoria  das condições de trabalho e maior mobilização da comunidade frente aos acontecimentos da instituição de ensino.

Em minha escola,  a democracia participativa está presente e causa impactos diretos na comunidade escolar, pois incluem desafios envolvendo a busca pela maior participação dos mesmos frente as decisões tomadas de maneira coletiva. Consigo ter esse olhar por ter sido eleita em 2012 como representante do segmento professores; ou seja, há uma representação de cada segmento junto ao conselho e assembleias para a tomada de decisões frente a comunidade.

Quanto as questões pedagógicas, o gestor está sempre empenhado em melhorar as condições presentes dentro da instituição, de modo a favorecer melhores condições de trabalho e, consequentemente, melhoria no  aprendizado dos discentes. No presente ano, houve uma redução significativa de alunos por sala, criação de sala de recursos, colocação equipamentos multimídias em todas as salas, disponibilização de armários para os professores organizarem seus materiais, além de da formação em serviço.

Essas melhorias se devem a autonomia financeira(descentralização dos recursos financeiros) e de inovação proporcionados pelas gestão democrática. Antes de serem aplicados os recursos, há consulta ao conselho escolar para que esse delibere e junto à comunidade, com disponibilização dos orçamentos ; essa independência faz como que a burocracia diminua e as melhorias se concretizem mais rapidamente.

Apesar disso, ainda existem desafios, pois alguns membros da comunidade escolar se mostram inflexíveis a essas mudanças e não concordam e nem expõem outras ideias para melhorias, cabendo ao gestor buscar contornar esses conflitos em prol do bem da maioria, visando maior qualidade da educação pública.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O papel do professor na gestão escolar

O papel do professor na gestão escolar:
Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Papel do estado e do gestor na educação


UNIDADE III 
Gestor escolar: articulador na construção da identidade da escola por meio do projeto político- pedagógico e da proposta curricular 

Segundo a concepção atual do currículo do DF, o mesmo tem por objetivo uma educação integral, ou seja, centrada no sujeito social, cultural, histórico, cognitivo e subjetivo, sem perder de vista a perspectiva das relações humanas(SEEDF, 2013).

Pensar o currículo na perspectiva descrita acima, implica ter como foco uma concepção de aprendizagem que tenha consciência desse sujeito, uma vez que o artigo 9º da Resolução CNE/CEB nº 4/2010, que define  as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, aponta que: “A escola de qualidade social adota como centralidade o estudante e a aprendizagem”. Pautado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(DCNs) – LDB em articulação com Lei Orgânica do Distrito Federal, em seu artigo 221, enfatizado no Decreto nº 33.329, de 10/11/2011, que regulamenta a Lei Federal nº 4.601, de 14 de julho de 2011, instituindo o Plano pela Superação da Extrema Pobreza – DF sem Miséria, que, em seu art. 43, considera a necessidade da implantação progressiva da Educação Integral nas regiões de vulnerabilidade social.

Para compreender o que foi exposto, atualmente estamos fazendo curso sobre o Currículo em Movimento,  e que foi implantado em 2013 nas escolas públicas do DF.Trata-se de um documento que surgiu inicialmente a partir de discussão nas Plenárias do Currículo, realizadas nas Regionais de Ensino entre professores e governo em 2011 e dos Seminários Regionalizados em 2012, que culminaram na proposta de expansão da política de ciclos e se configuraram na atual política educacional. Dessa forma estamos tendo oportunidade de recebermos uma formação em serviço e que visa a melhoria de nosso trabalho e, consequentemente, melhoria no desempenho escolar de nossos alunos.
Por conta de intervenção do Ministério Público do DF, a implantação total do mesmo (3º e 4º ciclos) não foi autorizada no atual ano letivo, devendo a secretaria de educação realizar plenárias para maior esclarecimento junto a comunidade escolar.

Apesar desse disso, na I.E. que atuo, o projeto político pedagógico está sendo consolidado tendo como base o legal o currículo disponibilizado pela secretaria de educação - Currículo em Movimento , associado com a revisão crítica e reflexiva do currículo da educação básica, disponibilizado em 2008 e plenamente utilizado até 2012. Além disso, contamos com a fundamentação das diretrizes curriculares nacionais e das estratégias metodológicas para o Bloco Inicial de Alfabetização (disponibilizado em 2012) que também fazem parte do mesmo tendo como base fundamental  a LDB 9.394/96.

O currículo da educação básica do DF (Currículo em Movimento, 2012/13) bem como os demais documentos supracitados, servem para orientar o trabalho da instituição de ensino  no que se refere a ações a serem tomadas para contribuir com a melhoria do processo de aprendizagem e ensino dos envolvidos. Eles garantem o direito à educação descritas nos direitos humanos e destrinchados por meio de diversas leis complementares. O mesmo está dividido por segmentos e, na escola, utilizamos o currículo do ensino fundamental - anos iniciais.

A instituição escolar que atuo, busca apoio na concepção da teoria crítica, onde o direito à educação é também o processo de formação do indivíduo como sujeito  e que o mesmo seja levado a ter consciência da importância da convivência numa coletividade, com suas responsabilidades e seus direitos, levando-o a se tornar cidadão em formação e a aprender a velar pelos seus direitos quando tiver que atuar nos múltiplos espaços sociais. Além disso, busca evidenciar a importância da instituição escolar como lugar de aprendizagem da liberdade e da responsabilidade e que levará em conta os direitos humanos.
Segundo a secretaria de educação (2013), o  atual currículo (Currículo em Movimento)  será concretizado a partir do projeto político-pedagógico (PPP) das escolas, como expressão de sua intencionalidade, e deve ser construído de forma participativa, envolvendo todos os sujeitos que fazem a educação acontecer nas escolas; ele está disponibilizado no site da secretaria de educação através de um caderno introdutório e com outros específicos para cada segmento.
 Na escola trabalhamos com a educação integral e com as diretrizes curriculares para o ensino fundamental (1º ao 5º ano), sendo o BIA (Bloco Inicial de Alfabetização) trabalhado em forma de ciclo, onde o currículo é aborda pontos em comum sendo trabalhado de forma gradativa de acordo com os níveis de conhecimento objetivando crescimento pessoal de cada aluno dentro do grupo.

Para que a proposta curricular tenha êxito, a reconstrução do PPP iniciou-se no primeiro semestre do ano letivo e envolve plenárias com membros da comunidade escolar com representantes em todos os segmentos para que juntos busquemos melhorias para nossa instituição busque valorizar  elementos, como: o currículo integrado, a gestão democrática, plenas condições de trabalho pedagógico que, articulados ao projeto político-pedagógico, garantam a vivência escolar de estudantes, professores, família e comunidade em um exercício cotidiano, coletivo e democrático de cidadania (SEEDF, 2013).

Como professora regente de turma de alfabetização e membro do conselho escolar (segmento professores), busco utilizar metodologias que tenham como objetivo  uma educação como direito de todos, onde os educando possam expressar suas opiniões, valorizando e respeitando o posicionamento do outro e refletindo sobre sua prática em áreas diversas do conhecimento de maneira integrada. Além disso procuro trabalhar tendo a escola como local de troca, de partilha onde há direitos e deveres tendo como base o diálogo e o respeito aos limites individuais visando a melhoria e qualidade de cada um e do grupo por meio da compreensão da realidade social.

Referencias bibliográficas
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO PLENO RESOLUÇÃO Nº 1, DE 30 DE MAIO DE 2012. Disponível em: http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Professora_Edileuza/Resolucao_-_Diretrizes_Nacionais_EDH.pdf
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010. Disponível em: http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Professora_Edileuza/rceb004_10.pdf
MARTÍNEZ, Silvia Alícia. DIRETRIZES E PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. Disponível em: http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Professora_Edileuza/parametros_curriculares.pdf


Unidade II   
Papel do estado e do gestor na concretização de políticas que buscam assegurar os direitos à educação.

De acordo com o texto indicado "O direito à educação: um campo de atuação do gestor educacional na escola" de Carlos Roberto Jamil Cury  existem alguns aspectos que dizem respeito diretamente à atuação do(a) gestor(a) dentro da instituição escolar e que concretizem às políticas públicas que busquem assegurar os direitos à educação.

Um desses aspectos é assumir e liderar a efetivação do direito  e acesso igualitário à educação no âmbito de suas atribuições de maneira a agregar a pluralidade de ideias e de concepções pedagógicas e possibilitar a todos o acesso a formas de ser e de comunicar como um participante do mundo.

Desse modo,  o gestor deve promover e incentivar a qualificação dos profissionais de ensino, no que diz respeito do domínio dos métodos e técnicas de ensino e o acesso à educação continuada, presencial ou à distância, consequência da disponibilidade de informações disponíveis cada vez mais rápidas, que deixam de ser propriedade exclusiva de especialistas e que devem estar a par dos instrumentos e conteúdos que as disponibilizam, como exercer sua autoridade em bases críticas e reflexivas.

Assim, essa qualificação deve implicar na qualidade do ensino promovida dentro da instituição educacional, levando a um processo de mudança onde o conhecimento se torna componente mais e mais presente no mundo do trabalho, comunicação, lazer e de múltiplas outras realidades de uma sociedade globalizada contido no art. 22 da LDB:

A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e estudos posteriores. Á escola compete prover a recuperação de alunos de menor rendimento. Aos responsáveis dirigentes, segundo as atribuições de cada qual, cabe a busca dos recursos gerais para tal. Em minha escola, após solicitações inúmeras dos docentes de um espaço para reforço escolar, foi reformado um pequeno espaço para possibilitar um trabalho mais centrado junto a estes alunos. Entretanto, as maioria das crianças não contam com o apoio da família para envio do aluno para essas aulas, o que prejudica  a obtenção de um  maior crescimento no rendimento dos mesmos em sala. Já a recuperação paralela é exercida com sucesso, já que somos anos iniciais e os alunos possui somente um professor durante todo o período de aula, auxiliando as intervenções diárias.

Um ponto que auxilia a criação de momentos de aprendizagem é a Educação integral que se apresenta como uma estratégia que visa propiciar oportunidades de viabilizar a operacionalização do currículo e que não tem limite de tempo e espaço (e que ocorre no período regular de aulas). Já a educação em tempo integral, que foi implantada  na escola que atuo, não oferece a qualidade que deveria, pois a mesma não possui um espaço adequado para atender o número de crianças inscritas; com isso, apesar dos recursos tecnológicos e de pessoal disponíveis, não é possível efetivar um trabalho pedagógico  de qualidade envolvendo acompanhamento escolar em turno contrário. Os alunos realizam atividades  que  trabalham a socialização de ideias e coletividade, porém com precariedade.

Aspectos como o supracitado deve ser analisado pelo gestor ao liderar a gestão do projeto político pedagógico e que seja uma construção coletiva do corpo docente, tendo como objetivo a garantia do padrão de qualidade pedagógico. Dessa forma o mesmo será constituído de maneira democrática e que ganhe em riqueza e diversidade e pelo envolvimento da subjetividade dos profissionais no processo consciente de propiciar o melhor para todos.

Além do supracitado, o gestor deve responsabilizar-se em recensear a população em idade escolar para o ensino fundamental , e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso (LDB, art.5º I) e em zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola (na escola que atuo, são realizadas geralmente ao final do semestre, pesquisa junto aos alunos para verificação de familiares que ainda não tiveram acesso à escola ou que não concluíram os anos iniciais para envio junto a secretaria de educação de demanda para abertura de turmas  de alfabetização de adultos no período noturno e que esteja concretize políticas públicas como o DF Alfabetizado, além disso, quando busco apoio a respeito de alunos infrequentes, o gestor busca maneira para viabilizar o resgate do mesmo solicitando a membros dos profissionais de educação a ida até o lar da criança para averiguação dos motivos que levam o mesmo a faltar às aulas.

Outras atribuições do gestor disponibilizadas na LDB:
Quanto ao acesso no art. VII – informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. e no art. VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação de alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido, isso deve ocorrer antes do aluno atingir 100 horas (25 dias letivos) de ausência. Na escola que atuo, veja que esse artigo não é plenamente evidenciado, pois em minha turma um aluno tem 30 faltas, o gestor foi informado, mas não houve acionamento do conselho tutelar, apesar da solicitação por minha parte, da documentação do fato (o que não foi feito).

Quanto à permanência VIII – atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde e no art. I – maus – tratos envolvendo seus alunos; a escola deve ser o lugar onde os conflitos se resolvem pela palavra (promotora de aprendizagens). Em minha escola, ainda não temos regimento interno, o que deve constar no projeto político pedagógico. Contudo, não temo registros de violência, sendo os casos de desafetos resolvidos com base no diálogo junto aos alunos  e familiares e promovidos pelo gestor e SOE - Serviço de Orientação Educacional.

Além disso, turmas homogêneas devem ser evitadas a fim de se propiciar a valorização de experiências diferenciadas, o que muitas vezes fica complicado pelo número reduzido de turmas (pro exemplo, esse ano temos somente um 1º ano, caso não tenha demanda, pois a turma é de educação inversa, a mesma turma será formada no ano seguinte - 2º ano). A interação das família ocorrem, além do momento de reunião com pais e mestres, no encontro de pais promovido pelo SOE e equipe do AEE e que conta com a participação do gestor e que ocorre no período noturno.

Concluindo, o gestor deve  se apossar dos aspectos apresentados e disponíveis na LDB e, em consonância aos direitos humanos de assegurar que qualquer pessoa (...) a desenvolver plenamente seus talentos (HOY e HADDAD 2005), trabalhar democraticamente na concretização das políticas públicas existentes de maneira que não fiquem somente escritas no papel.

Referencias bibliográficas
CURY, Carlos Roberto Jamil. O DIREITO À EDUCAÇÃO: Um campo de atuação do
gestor educacional na escola. Disponível em > http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Biblioteca/jamilcury.pdf>



O Direito à Educação: Limites e Perspectivas. Disponível em: