Gestão escolar e tecnologias
Blog portfólio do curso de especialização em Gestão escolar - UnB 2013 (turma F)
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
domingo, 20 de outubro de 2013
Metodologia do Trabalho Científico
ATIVIDADE 1
Segundo Prodanov (2013), etimologicamente, o termo ciência tem origem do
verbo em latim Scire, que significa
aprender, conhecer. Contudo, essa definição não é suficiente para diferenciar
ciência de outras atividades também envolvidas com o aprendizado e
conhecimento. O referido autor cita
Trujillo Ferrari (1974) que diz que ciência é todo um conjunto de atitudes e de
atividades racionais, dirigida ao sistemático conhecimento com objetivo
limitado, capaz de ser submetido à verificação; além deste, cita Lakatos e
Marconi (2007 p. 80) que acrescentam que, ciência é um "conjunto de
proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos
fenômenos que se deseja estudar".
Através da ciência, surge o conhecimento científico que pode ou não provir do conhecimento popular. O
conhecimento científico tem como base o questionamento com consistência lógica
e capaz de convencer. Para ter validade, segundo Demo (2000) citado por
Prodanov (2013), seu discurso precisa ser lógico, sistemático, coerente, o
objeto de estudo deve ser bem definido e de natureza empírica, objetivo,
discutível, com observação controlada de fenômenos, original, consistente, de
relevância social, ético, intersubjetivo, com linguagem precisa e, sobretudo,
bem argumentado. Além disso, é necessário analisar as particularidades do
objeto ou fenômeno em estudo. Exemplos disso são os estudos sobre células
tronco, dados obtidos pelo IDEB, importância do uso da psicogênese ao realizar
o diagnóstico da leitura e escrita das crianças em fase de alfabetização
Já o conhecimento popular, segundo Trujilo Ferrari (1974) citado por
Prodanov (2013), é dado pela familiaridade que temos com alguma coisa, sendo
resultado de experiências pessoais ou suposições, ou seja, é uma informação que
não foi suficientemente refletida para ser reduzida a um modelo ou uma fórmula
geral,dificultando, assim, sua transmissão de uma pessoa a outra, de forma
fácil e compreensível. Além disso, cita Lakatos e Marconi (2007, pl 77) ao
dizer que o mesmo é superficial, sensitivo, subjetivo, assistemático, acrítico,
valorativo e inexato. Exemplo disso é quando dizem que turmas com mais crianças
do sexto masculino são mais difíceis, que comer certos alimentos misturados com
leite provocam mau digestão e que crianças mais quietas são as mais
inteligentes.
O que distingue o conhecimento científico do popular é a forma, o modo
ou o método e os instrumentos do "conhecer"; O primeiro tem toda uma
fundamentação e metodologias a serem seguidas, além de se basear em informações
classificadas, submetidas à verificação, que oferecem explicações plausíveis a
respeito do objeto ou evento em questão. Já o conhecimento popular é muito
influenciado pela sensibilidade, estados de ânimos e emoções da vida diária,
além de não haver uma sistematização das ideias, nem tentativa de validação.
Como professora regente que sou, no meu cotidiano o que prevalece é o
conhecimento científico, pois utilizo o currículo como parâmetro principal para
meu planejamento de acordo com o ano que
eu esteja trabalhando de maneira planejada (contudo flexível), mas sem
"achismos". Tudo que faço procuro fundamentar e validar estando ou
não com os alunos.
Além disso, busco informações reais que assegurem que aquele novo
conhecimento terá validade social na vida das crianças; que analise o fenômeno
observado, descobrindo suas relações com outros fatos, conhecendo a realidade
além das aparências e oferecendo um processo de acumulação seletiva, onde novos
conhecimentos substituem outros antigos (no caso da análise da escrita
ortográfica); busco realizar experimentos para assegurar a veracidade dos fatos
observados; trabalho com ideias verificáveis ou demonstráveis e que sejam
falíveis e aproximadamente exatas
Referências bibliográficas
PRODANOV, Cleber
Cristiano.
Método científico. IN Metodologia
do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do
trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. p. 14 à 24
domingo, 6 de outubro de 2013
Planejamento e Práticas de Gestão Escolar
ATIVIDADE 1
Como acontece o
processo de planejamento na sua escola?
Primeiramente gostaria de salientar que ainda não sou gestora, sou
professora regente na escola que atuo.
Dentro da instituição em que estou lotada, quem participa do processo de
planejamento é, na maior parte do tempo, o corpo docente e demais funcionários.
Em momentos específicos, planejados pelos gestores, são realizadas reuniões
envolvendo toda a comunidade escolar, com representantes de todos os segmentos,
convidados por meio de convite escrito, em todas as turmas. O nível de
planejamento, durante esses encontros, é o planejamento da escola. E em momentos
específicos, durante os momentos de formação entre docentes, é o planejamento
curricular, que tem como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais,
destrinchadas no Currículo da secretaria de estado de educação do DF (Currículo
em Movimento - anos iniciais).
Nesse momentos de troca, sempre é apresentada a meta da escola, pontos
alcançados e a serem melhorados. Pede-se sugestões da comunidade (em especial a
dos pais), para que a escola continue tendo destaque dentro da coordenação
regional de ensino no que se diz respeito aos anos iniciais (escola classe).
Um dos instrumentos utilizados para verificar o nível de satisfação da
comunidade escolar, bem como itens a serem reavaliados é por meio de pesquisa escrita enviada pelos alunos
às famílias. Após entrega, são mensurados os dados e colocados em forma de
gráfico que é apresentado nas reuniões de revisão do projeto político
pedagógico(realizado, neste ano de 2013, em média bimestralmente)
Analisando o contexto escolar, verificou-se que as principais linhas que
subsidiam o planejamento é o administrativo, que tem como meta a qualidade
total, o estratégico e o participativo (VASCONCELOS, 2006 p. 27 e 28), sendo
estes relacionados entre si.
A concepção em que a I.E. está inserida
é a de um planejamento participativo, onde tem-se como objetivo a
construção, a participação, o diálogo do poder coletivo local, a formação da
consciência crítica a partir da reflexão sobre a prática de mudança.
O supracitado é claramente observado
no PPP da I.E. quando diz:
"(...) a escola possibilitará aos educandos a
contribuição com sua participação em atividades pedagógicas que despertem
seu interesse e motivação em se sentir parte importante dessa “engrenagem”
chamada escola."(PPP E.C.102- Recanto das Emas)
Além desse, em outro trecho do mesmo PPP:
"(...) todos os segmentos da comunidade escolar devem
estar envolvidos de maneira consciente e afetiva, na busca de uma escola de
qualidade que vise aperfeiçoar suas ações e tomar decisões em coletividade,
para que se torne um espaço prazeroso para todos, sendo construída uma
cidadania solidária, numa perspectiva de obter um ensino significativo aos
educandos com práticas pedagógicas e administrativas democráticas; voltadas
para as necessidades e realidade da comunidade em que a instituição está
inserida."(PPP E.C. 102)
Desse modo, no planejamento participativo em
que a I.E. está inserida, as práticas do professor e da escola não são vistas
como isoladas em relação ao contexto social em que está inserida. O
planejamento é visto como instrumento de intervenção real e ultrapassa os muros
das salas de aula e anos escolares.
Entretanto, como nem tudo são flores, nota-se
pontos a serem reavaliados e replanejados como o real papel do coordenador
pedagógico como uma "ponte" entre o gestor e os professores.
Muitas vezes o que se vê é que o coordenador é
desviado de suas funções pedagógicas e como promotor da dialética entre o
professores, para funções puramente de decorador do espaço pedagógico. Isso
dificulta o planejamento entre os pares que não se encontram no mesmo turno de
trabalho (coloco minha pessoa como exemplo) e uma certa unidade no
planejamento, de forma a possibilitar o acesso a todos os educandos ao núcleo
comum do currículo.
Fora isso, atualmente, muito do que foi planejado
durante o ano de 2012 está sendo concretizado na prática (mesmo que em um
velocidade abaixo do esperado por razões burocráticas governamentais), mas
nota-se o esforço dos gestores para promover momentos de reflexão/avaliação
sobre o trabalho docente e de reflexão sobre o pontos a serem reformulados no
PPP.
Atualmente o nosso PPP ainda não foi
oficialmente redigitado, mas todo o grupo teve um excelente participação em sua
reformulação para o ano de 2013, sendo que o mesmo foi apresentado a
coordenação regional de ensino durante o mês de maio. Tem como objetivo, (PINTO apud VASCONCELOS, 2006), "a transformação
das relações de poder , autoritária e verticais, em relações igualitárias e
horizontais, de caráter dialógico e democrático", além de antecipar uma
ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto ou ainda da necessidade de
se mudar algo (mudança da realidade).
Concluindo, na I.E. em que estou inserida, o trabalho da maioria dos docentes em sua sala de aula não está
desassociado dos objetivos construídos durante as reflexões pedagógicas
coletivas e registrados em atas e no PPP. Quanto nos reunimos coletivamente, temos
como ponto de partida a pergunta básica descrita por Vasconcelos "há algo
errado em nossa prática que precisa ser modificado, transformado ou
aperfeiçoado?"
Sempre temos algo a ser revisto e modificado objetivando melhoria. Porém
existem aqueles que não se colocam como sujeitos do processo educativo e acham
que devem transmitir o conhecimento acumulado aos alunos sem reflexão e que
usam a escola como fonte de dominação descontextualizada do todo. É preciso:
querer


poder
tem uma base objetiva dependendo das condições
para a ação, os recursos e uma base subjetiva que é o saber; e o fazer que é a
concretização dos dois anteriores.
Referências bibliográficas
VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento: Projeto de
ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 9. ed. São Paulo: Libertad,
2006. p. 14-64. Disponível em: http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Professora_Otilia/UNIDADE_1_TEXTO_01.pdf
VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento:
Projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 9. ed. São Paulo:
Libertad, 2006. p. 95 e 96. Disponível em: http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Professora_Otilia/UNIDADE_1_-_TEXTO_02.pdf
OLIVEIRA, João Ferreira
de. A construção coletiva do projeto
político-pedagógico (ppp) da escola . Disponível em: http://escoladegestores.mec.gov.br/site/8-biblioteca/pdf/texto2_joao.pdf
Projeto Político
Pedagógica da E.C. 102 do Recanto das Emas (2012). Disponível em: http://intereducacao2.blogspot.com.br/p/ppp-da-ec-102.html
ATIVIDADE 2
Identificação
institucional:
Escola Classe 102 do
Recanto das Emas
Endereço: Qr. 102
conjunto 3A lote 01 - Recanto das Emas - DF
Telefone: 6139013351
Data de criação da
escola: 07/10/1997- Processo 082017473/93
Turno de
funcionamento: Diurno
Nível de ensino
ofertado - Educação básica -Ensino
Fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano)
Referencial teórico
Com base na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional - LDB 9394/96, que
destaca a necessidade da escola manter
um padrão de qualidade do processo de ensino-aprendizagem, faz-se necessário
que a instituição escolar desenvolva e acompanhe ações que contribuam com a
formação plena dos envolvidos, tanto professores, alunos, pais como demais
funcionários. Além disso, a escola deve ser um ambiente agradável de modo a
propiciar aos envolvidos o desenvolvimento de competências e habilidades num
processo em que os pilares da educação (aprender a conhecer, a fazer, a ser e a
viver em comunidade) estejam presentes na práxis pedagógica.
Dessa forma, a avaliação
institucional, segundo Belloni (2003), deve ser um processo sistemático de análise que permita
compreender, de forma contextualizada, todas as suas dimensões e implicações,
com vistas a estimular seu aperfeiçoamento e melhoria, levando o
autoconhecimento e tomada de decisão de maneira a aperfeiçoar a instituição e o
sistema em seu funcionamento e seus resultados interferindo, assim, no funcionamento presente e futuro.
A referente proposta não visa punição nem premiação e sim a melhoria da
instituição como um todo, visando o aumento da qualidade do ensino e bem estar
de todos os envolvidos.Tem como meta, construir um procedimento avaliativo que
aponte pistas para intervenção e a mudança, compreendendo melhor como funcionam
os projetos e subprojetos escolares (pontos positivos e a serem melhorados)
superando o medo de construir novos parâmetros e instrumentos e de reestruturar
os existentes.
Justificativa
A avaliação institucional deve servir tanto para a construção do projeto
político pedagógico da instituição, como para fazer uma avaliação (perfil) da
mesma na atualidade.
Segundo Belloni (2003), através de uma avaliação bem estruturada,
pode-se identificar e apontar alguns caminhos para o processo de transformação.
Tem por objetivo o caráter formativo e que proporcione uma fiel
conscientização da instituição sobre si mesma. Ela colabora para o processo de
aprendizagem e desenvolvimento educativo da escola, auxiliando a instituição a
se desenvolver em seu projeto acadêmico.
Ela deve levar o autoconhecimento (consciência de suas fraquezas e suas
fortalezas) a desempenhar melhor suas funções de lócus de aprendizagem e de
produção e disseminação de conhecimento, proporcionar as condições para que as
aprendizagens ocorram.
Objetivos
·
Levar ao conhecimento da comunidade
escolar, do projeto político pedagógico da instituição após consolidação dos
dados realizado no primeiro semestre de 2013, comparando com o projeto anterior
de 2012.
·
Apresentar os projetos e subprojetos
desenvolvidos na instituição escolar;
·
Proporcionar à comunidade escolar o
debate dos pontos positivos e a serem melhorados nos subprojetos desenvolvidos
na escola de maneira a proporcionar melhoria no processo de ensino e
aprendizagem dos educandos em âmbito institucional local, validando ou não sua
permanência no PPP para o próximo ano.
·
Mobilizar a participação mais ativa da
comunidade escolar em atividades escolares envolvendo diretamente os educandos
em horário escolar;
Metodologia com descrição dos instrumentos a serem utilizados.
Através da concepção de avaliação transformadora ou formativa e que é
orientada por uma lógica de mudança que vise à construção da qualidade e da
excelência não excludentes, mediante a identificação dos acertos e das
dificuldades com a finalidade de uma educação comprometida com o
desenvolvimento social (BELLONI,2003 p. 4), pretende-se aplicar questionários,
realizar debates envolvendo representantes de todos os segmentos escolares e
familiares dos alunos envolvidos para analisar os subprojetos desenvolvidos na
instituição.
Nesta perspectiva, segundo a autora supracitada, o processo avaliativo
deve ser baseado em critérios que devem combinar mérito e qualidade da atividade
pedagógica, com relevância e efetividade social, que se traduzem em sucesso escolar(desempenho
dos alunos), cidadãos conscientes e profissionais competentes, sintonizados com
o avanço das fronteiras do saber e com a sociedade.
Critérios básicos de avaliação
·
Através da mensuração dos dados obtidos
nos questionários e entrevistas realizados junto aos alunos, enviados através
dos alunos às famílias( e familiares que deixam seus filhos na escola em ambos
os turnos) e junto aos funcionários da instituição;
·
Com reuniões envolvendo representantes
convidados de toso os segmentos escolares, para sugestões, registro em ata e
assinatura dos presentes para validação legal em reunião junto ao Conselho
Escolar.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
O papel do gestor, tendo como base minha realidade
O papel do gestor, tendo como base minha realidade
por Adriana de Oliveira
Após a leitura do texto Democratização e
mudanças práticas na gestão escolar, de Arilene Maria Soares de Medeiros,
atualmente vejo que em minha realidade, a postura profissional do gestor condiz
com a gestão democrática, pois há uma mobilização por parte do mesmo de aliar a
teoria a prática quanto a participação da comunidade escolar na tomada de
decisões dentro da escola para melhoria
das condições de trabalho e maior mobilização da comunidade frente aos
acontecimentos da instituição de ensino.
Em minha escola, a democracia participativa está presente e
causa impactos diretos na comunidade escolar, pois incluem desafios envolvendo
a busca pela maior participação dos mesmos frente as decisões tomadas de
maneira coletiva. Consigo ter esse olhar por ter sido eleita em 2012 como
representante do segmento professores; ou seja, há uma representação de cada
segmento junto ao conselho e assembleias para a tomada de decisões frente a
comunidade.
Quanto as questões pedagógicas, o gestor está
sempre empenhado em melhorar as condições presentes dentro da instituição, de
modo a favorecer melhores condições de trabalho e, consequentemente, melhoria
no aprendizado dos discentes. No
presente ano, houve uma redução significativa de alunos por sala, criação de
sala de recursos, colocação equipamentos multimídias em todas as salas,
disponibilização de armários para os professores organizarem seus materiais,
além de da formação em serviço.
Essas melhorias se devem a autonomia financeira(descentralização
dos recursos financeiros) e de inovação proporcionados pelas gestão
democrática. Antes de serem aplicados os recursos, há consulta ao conselho
escolar para que esse delibere e junto à comunidade, com disponibilização dos
orçamentos ; essa independência faz como que a burocracia diminua e as
melhorias se concretizem mais rapidamente.
Apesar disso, ainda existem desafios, pois
alguns membros da comunidade escolar se mostram inflexíveis a essas mudanças e não
concordam e nem expõem outras ideias para melhorias, cabendo ao gestor buscar
contornar esses conflitos em prol do bem da maioria, visando maior qualidade da
educação pública.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
O papel do professor na gestão escolar
O papel do professor na gestão escolar:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Papel do estado e do gestor na educação
UNIDADE III
Gestor escolar: articulador na construção da identidade da escola por meio do
projeto político- pedagógico e da proposta curricular
Segundo a concepção atual do currículo
do DF, o mesmo tem por objetivo uma educação integral, ou seja, centrada no
sujeito social, cultural, histórico, cognitivo e subjetivo, sem perder de vista
a perspectiva das relações humanas(SEEDF, 2013).
Pensar o currículo na perspectiva descrita acima, implica ter como
foco uma concepção de aprendizagem que tenha consciência desse sujeito, uma vez
que o artigo 9º da Resolução CNE/CEB nº 4/2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica, aponta que: “A escola de qualidade social
adota como centralidade o estudante e a aprendizagem”. Pautado na Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional(DCNs) – LDB em articulação com Lei Orgânica do
Distrito Federal, em seu artigo 221, enfatizado no Decreto nº 33.329, de
10/11/2011, que regulamenta a Lei Federal nº 4.601, de 14 de julho de 2011,
instituindo o Plano pela Superação da Extrema Pobreza – DF sem Miséria, que, em
seu art. 43, considera a necessidade da implantação progressiva da Educação
Integral nas regiões de vulnerabilidade social.
Para compreender o que foi exposto, atualmente
estamos fazendo curso sobre o Currículo em Movimento, e que foi implantado em 2013 nas escolas
públicas do DF.Trata-se de um documento que surgiu inicialmente a partir de discussão nas
Plenárias do Currículo, realizadas nas Regionais de Ensino entre professores e
governo em 2011 e dos Seminários Regionalizados em 2012, que culminaram na
proposta de expansão da política de ciclos e se configuraram na atual política
educacional. Dessa forma estamos tendo oportunidade de recebermos uma formação
em serviço e que visa a melhoria de nosso trabalho e, consequentemente,
melhoria no desempenho escolar de nossos alunos.
Por conta de intervenção do
Ministério Público do DF, a implantação total do mesmo (3º e 4º ciclos) não foi
autorizada no atual ano letivo, devendo a secretaria de educação realizar
plenárias para maior esclarecimento junto a comunidade escolar.
Apesar desse disso, na I.E. que atuo, o projeto político pedagógico está
sendo consolidado tendo como base o legal o currículo disponibilizado pela
secretaria de educação - Currículo em Movimento , associado com a revisão
crítica e reflexiva do currículo da educação básica, disponibilizado em 2008 e
plenamente utilizado até 2012. Além disso, contamos com a fundamentação das
diretrizes curriculares nacionais e das estratégias metodológicas para o Bloco
Inicial de Alfabetização (disponibilizado em 2012) que também fazem parte do
mesmo tendo como base fundamental a LDB
9.394/96.
O currículo da educação básica do DF (Currículo em Movimento, 2012/13)
bem como os demais documentos supracitados, servem para orientar o trabalho da
instituição de ensino no que se refere a
ações a serem tomadas para contribuir com a melhoria do processo de
aprendizagem e ensino dos envolvidos. Eles garantem o direito à educação
descritas nos direitos humanos e destrinchados por meio de diversas leis
complementares. O mesmo está dividido por segmentos e, na escola, utilizamos o
currículo do ensino fundamental - anos iniciais.
A instituição escolar que atuo, busca apoio na concepção da teoria
crítica, onde o direito à
educação é também o processo de formação do indivíduo como sujeito e que o mesmo seja levado a ter consciência
da importância da convivência numa coletividade, com suas responsabilidades e
seus direitos, levando-o a se tornar cidadão em formação e a aprender a velar
pelos seus direitos quando tiver que atuar nos múltiplos espaços sociais. Além
disso, busca evidenciar a importância da instituição escolar como lugar de
aprendizagem da liberdade e da responsabilidade e que levará em conta os
direitos humanos.
Segundo a secretaria de educação (2013), o atual currículo (Currículo em Movimento) será concretizado a partir do projeto
político-pedagógico (PPP) das escolas, como expressão de sua intencionalidade,
e deve ser construído de forma participativa, envolvendo todos os sujeitos que
fazem a educação acontecer nas escolas; ele está disponibilizado no site da
secretaria de educação através de um caderno introdutório e com outros
específicos para cada segmento.
Na escola trabalhamos com a
educação integral e com as diretrizes curriculares para o ensino fundamental
(1º ao 5º ano), sendo o BIA (Bloco Inicial de Alfabetização) trabalhado em
forma de ciclo, onde o currículo é aborda pontos em comum sendo trabalhado de
forma gradativa de acordo com os níveis de conhecimento objetivando crescimento
pessoal de cada aluno dentro do grupo.
Para que a proposta curricular tenha êxito, a reconstrução do PPP
iniciou-se no primeiro semestre do ano letivo e envolve plenárias com membros
da comunidade escolar com representantes em todos os segmentos para que juntos
busquemos melhorias para nossa instituição busque valorizar elementos, como: o currículo integrado, a
gestão democrática, plenas condições de trabalho pedagógico que, articulados ao
projeto político-pedagógico, garantam a vivência escolar de estudantes,
professores, família e comunidade em um exercício cotidiano, coletivo e
democrático de cidadania (SEEDF, 2013).
Como professora regente de turma de alfabetização e membro do conselho escolar
(segmento professores), busco utilizar metodologias
que tenham como objetivo uma educação
como direito de todos, onde os educando possam expressar suas opiniões,
valorizando e respeitando o posicionamento do outro e refletindo sobre sua
prática em áreas diversas do conhecimento de maneira integrada. Além disso procuro
trabalhar tendo a escola como local de troca, de partilha onde há direitos e
deveres tendo como base o diálogo e o respeito aos limites individuais visando
a melhoria e qualidade de cada um e do grupo por meio da compreensão da
realidade social.
Referencias bibliográficas
BRASIL. MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO PLENO RESOLUÇÃO Nº 1, DE 30 DE
MAIO DE 2012. Disponível em: http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Professora_Edileuza/Resolucao_-_Diretrizes_Nacionais_EDH.pdf
BRASIL. MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. RESOLUÇÃO Nº
4, DE 13 DE JULHO DE 2010. Disponível em: http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Professora_Edileuza/rceb004_10.pdf
MARTÍNEZ, Silvia
Alícia. DIRETRIZES E PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL. Disponível em: http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Professora_Edileuza/parametros_curriculares.pdf
Texto base - Unidade III. Disponível em: http://moodle.mec.gov.br/unb/mod/book/view.php?id=1428&chapterid=12
Unidade II
Papel do estado e do gestor na concretização de políticas que buscam assegurar os direitos à educação.
De acordo com o texto
indicado "O direito à educação: um campo de atuação do gestor
educacional na escola" de
Carlos Roberto Jamil Cury existem alguns
aspectos que dizem respeito diretamente à atuação do(a) gestor(a) dentro da
instituição escolar e que concretizem às políticas públicas que busquem
assegurar os direitos à educação.
Um desses
aspectos é assumir e liderar a efetivação do direito e acesso igualitário à educação no âmbito de
suas atribuições de maneira a agregar a pluralidade de ideias e de concepções
pedagógicas e possibilitar a todos o acesso a formas de ser e de comunicar como
um participante do mundo.
Desse
modo, o gestor deve promover e
incentivar a qualificação dos profissionais de ensino, no que diz respeito do
domínio dos métodos e técnicas de ensino e o acesso à educação continuada,
presencial ou à distância, consequência da disponibilidade de informações
disponíveis cada vez mais rápidas, que deixam de ser propriedade exclusiva de
especialistas e que devem estar a par dos instrumentos e conteúdos que as
disponibilizam, como exercer sua autoridade em bases críticas e reflexivas.
Assim, essa
qualificação deve implicar na qualidade do ensino promovida dentro da
instituição educacional, levando a um processo de mudança onde o conhecimento
se torna componente mais e mais presente no mundo do trabalho, comunicação,
lazer e de múltiplas outras realidades de uma sociedade globalizada contido no
art. 22 da LDB:
A educação básica tem por finalidades
desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e
estudos posteriores. Á escola compete prover a
recuperação de alunos de menor rendimento. Aos
responsáveis dirigentes, segundo as atribuições de cada qual, cabe a busca dos
recursos gerais para tal. Em minha escola, após solicitações inúmeras dos
docentes de um espaço para reforço escolar, foi reformado um pequeno espaço
para possibilitar um trabalho mais centrado junto a estes alunos. Entretanto,
as maioria das crianças não contam com o apoio da família para envio do aluno
para essas aulas, o que prejudica a
obtenção de um maior crescimento no
rendimento dos mesmos em sala. Já a recuperação paralela é exercida com
sucesso, já que somos anos iniciais e os alunos possui somente um professor
durante todo o período de aula, auxiliando as intervenções diárias.
Um ponto que auxilia a criação de momentos de
aprendizagem é a Educação integral que se apresenta como uma estratégia que
visa propiciar oportunidades de viabilizar a operacionalização do currículo e
que não tem limite de tempo e espaço (e que ocorre no período regular de
aulas). Já a educação em tempo integral, que foi implantada na escola que atuo, não oferece a qualidade
que deveria, pois a mesma não possui um espaço adequado para atender o número
de crianças inscritas; com isso, apesar dos recursos tecnológicos e de pessoal
disponíveis, não é possível efetivar um trabalho pedagógico de qualidade envolvendo acompanhamento escolar
em turno contrário. Os alunos realizam atividades que
trabalham a socialização de ideias e coletividade, porém com
precariedade.
Aspectos
como o supracitado deve ser analisado pelo gestor ao liderar a gestão do
projeto político pedagógico e que seja uma construção coletiva do corpo
docente, tendo como objetivo a garantia do padrão de qualidade pedagógico.
Dessa forma o mesmo será constituído de maneira democrática e que ganhe em
riqueza e diversidade e pelo envolvimento da subjetividade dos profissionais no
processo consciente de propiciar o melhor para todos.
Além do
supracitado, o gestor deve responsabilizar-se em recensear a população em idade
escolar para o ensino fundamental , e os jovens e adultos que a ele não tiveram
acesso (LDB, art.5º I) e em zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela
frequência à escola (na escola que atuo, são realizadas geralmente ao final do
semestre, pesquisa junto aos alunos para verificação de familiares que ainda
não tiveram acesso à escola ou que não concluíram os anos iniciais para envio
junto a secretaria de educação de demanda para abertura de turmas de alfabetização de adultos no período
noturno e que esteja concretize políticas públicas como o DF Alfabetizado, além
disso, quando busco apoio a respeito de alunos infrequentes, o gestor busca
maneira para viabilizar o resgate do mesmo solicitando a membros dos
profissionais de educação a ida até o lar da criança para averiguação dos
motivos que levam o mesmo a faltar às aulas.
Outras
atribuições do gestor disponibilizadas na LDB:
Quanto ao
acesso no art. VII – informar os pais e responsáveis
sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua
proposta pedagógica. e no art. VIII
– notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e
ao respectivo representante do Ministério Público a relação de alunos que
apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual
permitido, isso deve ocorrer
antes do aluno atingir 100 horas (25 dias letivos) de ausência. Na escola que
atuo, veja que esse artigo não é plenamente evidenciado, pois em minha turma um
aluno tem 30 faltas, o gestor foi informado, mas não houve acionamento do
conselho tutelar, apesar da solicitação por minha parte, da documentação do
fato (o que não foi feito).
Quanto à permanência VIII
– atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde e no art. I – maus – tratos envolvendo seus alunos; a
escola deve ser o lugar onde os conflitos se resolvem pela palavra (promotora
de aprendizagens). Em minha escola, ainda não temos regimento interno, o
que deve constar no projeto político pedagógico. Contudo, não temo registros de
violência, sendo os casos de desafetos resolvidos com base no diálogo junto aos
alunos e familiares e promovidos pelo
gestor e SOE - Serviço de Orientação Educacional.
Além disso, turmas
homogêneas devem ser evitadas a fim de se propiciar a valorização de
experiências diferenciadas, o que muitas vezes fica complicado pelo número
reduzido de turmas (pro exemplo, esse ano temos somente um 1º ano, caso não
tenha demanda, pois a turma é de educação inversa, a mesma turma será formada
no ano seguinte - 2º ano). A interação das família ocorrem, além do momento de
reunião com pais e mestres, no encontro de pais promovido pelo SOE e equipe do
AEE e que conta com a participação do gestor e que ocorre no período noturno.
Concluindo, o gestor deve se
apossar dos aspectos apresentados e disponíveis na LDB e, em consonância aos
direitos humanos de assegurar que qualquer pessoa (...) a desenvolver
plenamente seus talentos (HOY e HADDAD 2005), trabalhar democraticamente na
concretização das políticas públicas existentes de maneira que não fiquem
somente escritas no papel.
Referencias
bibliográficas
CURY, Carlos Roberto Jamil. O DIREITO À EDUCAÇÃO: Um campo de atuação do
gestor educacional na escola. Disponível em > http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Biblioteca/jamilcury.pdf>
Declaração dos Direitos da Criança (1959). Disponível
em:<http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Biblioteca/direitosdacrianca.pdf>
Convenção relativa à luta contra as discriminações na
esfera do ensino (1960). Disponível em: , http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Biblioteca/texto_1.pdf>
Pacto Internacional relativo aos Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais (1966). Disponível em: <http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Biblioteca/pacto1.pdf>
Declaração Mundial de Educação para Todos (1990). Disponível em:
Declaração do Milênio das Nações Unidas (2000). Disponível em:
O Direito à Educação: Limites e Perspectivas. Disponível em:
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